O Impacto do Contexto Sociotecnológico na Aprendizagem e no Desenvolvimento Cognitivo: Uma Análise Comparativa das Gerações X, Y e Z

O Impacto do Contexto Sociotecnológico na Aprendizagem e no Desenvolvimento Cognitivo: Uma Análise Comparativa das Gerações X, Y e Z

A educação, enquanto processo contínuo de aquisição de conhecimento e desenvolvimento de habilidades, é intrinsecamente moldada pelo contexto sociocultural, histórico e, notavelmente, pelo desenvolvimento tecnológico de cada época. A divisão em grupos geracionais (Geração X, Y e Z) oferece um quadro teórico robusto para analisar as diferenças na socialização, nas características de personalidade e, consequentemente, nos estilos de aprendizagem e no desenvolvimento cognitivo.


Por:

Jorge Schemes


Características e Processos de Aprendizagem das Gerações

As classificações de gerações variam ligeiramente, mas para esta análise, consideraremos os seguintes períodos aproximados: Geração X (1965–1980), Geração Y ou Millennials (1981–1996) e Geração Z ou Centennials (1997–2012).

Geração

Período

Contexto

Tecnológico

Características

Processo de Aprendizagem

X

1965

a

1980

TV a cabo, primeiros PCs, e-mail

Independentes e Pragmáticos

Valorizam a estabilidade e o diploma. Aprendizagem híbrida (livros e tecnologia), autônomos na busca por conhecimento.

Y

1981

a

1996

Internet, telefonia móvel, redes sociais iniciais (MySpace, Orkut)

Colaborativos e Multitarefas

Buscam informação fácil e imediata. Aprendizagem colaborativa e flexível, uso intensivo de recursos online.

Z

1997

a

2012

Smartphones, Mídias Sociais, Internet Ubíqua

Nativos Digitais e Imediatistas

Preferem conteúdo visual/áudio (vídeos, podcasts) e formatos curtos. Aprendizagem multifocal e não linear, priorizando a experiência e personalização.

Schemes, Jorge – 2025


Pontos Fortes e Fracos por Geração

O contexto de desenvolvimento de cada geração impõe vantagens e desvantagens no ambiente educacional e profissional:

Geração X

  • Positivos: São adaptáveis, valorizam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Fortemente autodirigidos e dedicados, com alta tolerância à frustração.

  • Negativos: Podem apresentar resistência a métodos de ensino ou comunicação puramente digitais. Podem ser pessimistas ou avessos a grandes riscos.

Geração Y (Millennials)

  • Positivos: Trabalho em equipe e colaboração. Superqualificados e idealistas, buscam mudar o mundo e são abertos à diversidade e inclusão.

  • Negativos: Tendência ao imediatismo e à impaciência. Podem ser rotulados como narcisistas ou com falta de compromisso com a permanência.

Geração Z (Centennials)

  • Positivos: Nativos digitais, alta afinidade com a tecnologia. Raciocínio não linear, dinamismo e criatividade. Forte consciência social e ambiental.

  • Negativos: Risco de dificuldade de foco e concentração profunda devido à multitarefa excessiva. Podem desenvolver ansiedade e dependência de gadgets (nomofobia).


Quociente de Inteligência (QI) e Desenvolvimento Tecnológico

A relação entre o desenvolvimento do Quociente de Inteligência (QI) e o avanço tecnológico apresenta um panorama complexo e, mais recentemente, controverso.

Efeito Flynn e a Geração X e Y

Historicamente, o QI médio da população demonstrou um aumento constante ao longo do século XX, um fenômeno conhecido como "Efeito Flynn". Esse aumento foi amplamente atribuído a:

  • Melhor Nutrição e saúde.

  • Maior Escolaridade e complexidade educacional.

  • Ambientes mais Estimulantes e exposição a desafios conceituais.

As Gerações X e Y se beneficiaram em grande parte desse efeito, vivenciando ambientes cada vez mais complexos e formalmente instruídos, o que se correlaciona com um pico em habilidades de raciocínio abstrato e velocidade de processamento. A tecnologia, inicialmente o computador pessoal e a internet, proporcionou novas formas de acesso e processamento de informações.

Inversão da Tendência na Geração Z

Estudos recentes, no entanto, sugerem uma inversão da tendência do Efeito Flynn, indicando que o QI médio pode estar diminuindo nas gerações mais jovens, como a Geração Z. Essa reversão tem sido contextualizada, por alguns pesquisadores, com o uso excessivo e recreativo de telas e tecnologia digital (notadamente smartphones).

  • Implicações: A facilidade de acesso à informação e a dependência de aplicativos para resolver problemas básicos podem levar à subestimulação intelectual em áreas que exigem reflexão e processamento profundo. O excesso de estímulos e a multitarefa constante estão associados a uma diminuição na atenção profunda e podem afetar a maturação cerebral, conforme apontado por neurocientistas como Michel Desmurget.

  • Contraponto: É crucial notar que o QI não é a única métrica de inteligência. A Geração Z pode estar desenvolvendo novas formas de inteligência e competências, como a navegação e o processamento rápido de grandes volumes de informações (inteligência fluida digital), que podem não ser capturadas pelos testes de QI tradicionais.

Em suma, a educação contemporânea deve reconhecer a diversidade geracional, capitalizar as habilidades tecnológicas dos nativos digitais (Geração Z) e a capacidade de adaptação dos Millennials e da Geração X, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento de habilidades de concentração, reflexão crítica e pensamento profundo, essenciais para a inteligência em qualquer época.


Conclusão

A análise comparativa das Gerações X, Y e Z no contexto educacional demonstra que o desenvolvimento tecnológico não é apenas um pano de fundo, mas um agente causal profundo que molda os estilos cognitivos, as expectativas e os processos de aprendizagem. A Geração X, marcada pela independência e adaptação a um mundo pré e pós-digital, valoriza a autonomia e o conteúdo estruturado. A Geração Y (Millennials), imersa na internet inicial e na colaboração, exige flexibilidade e relevância. Já a Geração Z (Nativos Digitais), com sua afinidade com o visual e a multicanalidade, demanda experiências de aprendizagem personalizadas e imediatas.

O desafio contemporâneo reside em equilibrar a eficiência do processamento rápido de informações, inerente à Geração Z, com a necessidade de desenvolver o pensamento crítico profundo e a capacidade de foco que podem ser mitigados pelo uso excessivo da tecnologia. Embora o QI médio possa ter enfrentado uma reversão no "Efeito Flynn" nas coortes mais jovens, as novas formas de inteligência digital e a consciência social da Geração Z representam ativos valiosos.

Portanto, o futuro da educação exige uma pedagogia adaptativa que combine a solidez do conhecimento estruturado com a fluidez das ferramentas digitais. É imperativo capacitar educadores para atuar como mediadores entre essas distintas realidades geracionais, garantindo que a tecnologia sirva como um amplificador cognitivo, e não como um substituto para a reflexão e o processamento intelectual complexo.


Referências Bibliográficas

  • Howe, N., & Strauss, W. (2007). Millennials Rising: The Next Great Generation. Vintage. (Fundamental para a teoria geracional e características da Geração Y).

  • Prensky, M. (2001). Digital Natives, Digital Immigrants. On the Horizon, 9(5), 1–6. (Conceitua os termos "Nativo Digital" e "Imigrante Digital", relevante para as Gerações Y e Z).

  • Tapscott, D. (2009). Grown Up Digital: How the Net Generation is Changing Your World. McGraw-Hill. (Aborda o impacto da internet na Geração Y/Z).

  • Twenge, J. M. (2017). iGen: Why Today's Super-Connected Kids Are Growing Up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy—and Completely Unprepared for Adulthood—and What That Means for the Rest of Us. Atria Books. (Análise das características e saúde mental da Geração Z).

  • Flynn, J. R. (2012). Are We Getting Smarter? Rising IQ in the Twenty-First Century. Cambridge University Press. (Trabalho seminal sobre o Efeito Flynn, essencial para contextualizar o QI).

  • Desmurget, M. (2020). The Dumbest Generation: How the Digital Age Stupefies Young Americans and Jeopardizes Our Future. HarperCollins. (Discussão crítica sobre a queda de habilidades cognitivas na Geração Z, relacionada ao uso de telas).



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Instituto Coca-Cola Abre 15 Mil Vagas em Curso Gratuito Para Jovens

Formação é composta por 12 videoaulas curtas e práticas, que podem ser assistidas no ritmo de cada participante.

O Instituto Coca-Cola Brasil abriu 15 mil vagas para o programa Coletivo Coca-Cola Jovem em todo o Brasil. Voltado para jovens entre 16 e 29 anos, que já concluíram ou estão finalizando o Ensino Médio, o curso gratuito 100% online oferece formação profissional certificada e conexão direta com oportunidades de emprego em mais de 400 empresas parceiras.

Pensado para a realidade das novas gerações, o Coletivo Coca-Cola Jovem oferece um caminho de formação composto por 12 videoaulas curtas e práticas, que podem ser assistidas no ritmo de cada participante. Os temas vão desde a elaboração de currículo até o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, preparando os jovens para o mundo do trabalho.

Novos futuros: o que você quer para o seu?

O programa Coletivo Coca-Cola Jovem também abre espaço para a construção de novos futuros como o de Rayssa Souza Linhares, de 20 anos, que conquistou seu primeiro emprego dois meses após concluir a capacitação do ICCB, trabalhando em uma grande empresa do ramo alimentício.

“Eu gostei muito do curso por ser rápido e online. Tinha vídeo aula sobre como se apresentar na entrevista e sobre como montar currículo. Isso fez muita diferença para mim porque, antes de fazer o Coletivo, eu mandava currículo e ninguém me chamava”, afirma. “Outra coisa que me chamou atenção foram as vagas exclusivas”, completa.

Atualmente estudante do primeiro semestre de Ciências Sociais na Universidade de Brasília (UNB), a aluna pensa no futuro e sonha alto “Eu me imagino fazendo um intercâmbio, viajar para conhecer outras culturas e aprender a falar mais de duas línguas. Também quero me formar na faculdade, claro”.

Nathalia Oliveira Alves, concluiu a capacitação aos 23 anos, naquela época ela já tinha um sonho: “Eu queria entrar para o mercado de trabalho, em uma grande empresa. Já tinha feito algumas entrevistas, mas não conseguia passar em nenhum processo seletivo”, conta.

Após concluir o curso e passar por algumas entrevistas, a jovem começou a trabalhar como aprendiz em uma das empresas do sistema Coca-Cola “Essa foi a primeira oportunidade para alavancar a minha vida. Eu me desenvolvi profissionalmente, sai de lá como analista pleno. Depois fui trainee em outra corporação e, hoje, aos 27 anos, sou Customer Service em uma multinacional do setor químico”, detalha.

Para Nathalia, o céu não é o limite. “Eu sou uma pessoa muito ambiciosa, fui a primeira pessoa da minha família a entrar em uma multinacional e nunca desisti do que eu acreditava. Eu sei que eu quero chegar longe. Já comprei meu apartamento, mas quero muito mais” destaca.

O Instituto Coca-Cola Brasil já impactou 605 mil jovens e, até 2026, prevê alcançar 1 milhão. Esse é um movimento de impacto social em larga escala que contribui para um país mais justo e produtivo, onde os jovens não apenas sonham com o futuro, mas o constroem com as próprias mãos

As inscrições podem ser feitas pela internet (acesse aqui o formulário) ou por meio do aplicativo, disponível no sistema Android e iOS.

FONTE: CatracaLivre

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BRAIN ROT: Como as Redes Sociais Afetam o Cérebro de Crianças e Adolescentes


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Curso de Educação de Jovens e Adultos Online Grátis

 


Curso de Educação de Jovens e Adultos Online Grátis é uma oportunidade única para democratizar o acesso à educação de qualidade no Brasil. Este curso não substitui o ensino médio ou supletivo, mas oferece uma rica compreensão sobre a Educação de Jovens e Adultos (EJA), explorando seu histórico, suporte legal, e princípios didático-pedagógicos. Ideal para educadores e estudantes de áreas como Letras e Pedagogia, o curso destaca-se por sua abordagem integral e adaptativa às necessidades do público adulto.

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Brasil tem indisciplina escolar acima da média: professores gastam mais de 20% da aula para controlar alunos

Professores brasileiros gastam mais de 20% do tempo de aula para manter a ordem em sala – acima da média internacional de 16%. O dado faz parte da nova edição do Talis, a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Teaching and Learning International Survey, na sigla em inglês), divulgada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) 


Mais de 50% dos professores relataram enfrentar "barulho perturbador e desordem" durante a aula. Nesse caso, o índice representa mais que o dobro da média entre os países avaliados pela OCDE, que é de 20% – ou um em cada cinco professores.

➡️ A parcela de tempo gasto na manutenção da disciplina aumentou em quase todos os sistemas educacionais desde 2018, ano da edição anterior do Talis. Em comparação:

Pouco mais de 33% dos professores no Chile, Finlândia, Portugal e África do Sul dizem enfrentar tais problemas disciplinares;

Menos de 5% dos professores na Albânia, Japão e Xangai (China) relatam enfrentá-los;

Professores novatos relatam mais interrupções em sala de aula do que os colegas experientes em quase todos os sistemas educacionais: 66% contra 53%, no Brasil.

Aproximadamente 43% a 44% dos professores relatam que perdem muito tempo esperando os alunos ficarem quietos (a média da OCDE é de 15%). A mesma proporção de professores brasileiros diz que perde tempo significativo devido a interrupções dos alunos durante as aulas (sendo 18% a média da OCDE).

Baixo reconhecimento

A pesquisa também examina o nível de satisfação dos professores em alguns parâmetros, como intenções de carreira, motivação e status da profissão.

Apenas 14% dos professores brasileiros pensam que são valorizados na sociedade; um aumento de 3 pontos percentuais em relação a 2018. A média da OCDE, nesse ponto, é de 22%.

Em média, cerca de 18% dos professores relatam ser intimidados ou abusados ​​verbalmente por alunos como fonte de estresse. O relatório da OCDE destaca um índice alarmante: no Brasil, 47% dos professores afirmam isso, enquanto, na maioria dos países avaliados, a proporção está abaixo de 25%.

O estudo também evidencia que 72% dos professores brasileiros trabalham meio período, uma das maiores proporções entre os países participantes.

"Garantir jornadas de 40 horas, preferencialmente com dedicação exclusiva a uma escola, aumenta a motivação dos professores, o vínculo com os alunos e os resultados de aprendizagem", afirma em comunicado Caetano Siqueira, coordenador de políticas docentes do Movimento Profissão Docente.

"Jornadas que permitam plena dedicação à profissão e melhores remunerações são essenciais para a valorização da carreira e para garantir melhores condições de trabalho aos professores", destaca Siqueira.

Nesse cenário, ele também destaca a dificuldade de participação em ações de formação continuada e desenvolvimento profissional, relatada por mais da metade dos professores participantes, sobretudo devido à incompatibilidade com os horários de trabalho.

Como funciona a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis)

Realizada desde 2008, a pesquisa avalia o ambiente de ensino e aprendizagem, bem como as condições de trabalho dos professores e diretores nas escolas. Entre os aspectos observados estão:

formação inicial e continuada dos docentes;

práticas pedagógicas e métodos de ensino;

clima escolar e gestão;

satisfação profissional;

uso de tecnologias e inovação.

A quarta e atual edição foi realizada em 2024, com cerca de 280 mil professores e diretores em 17 mil escolas de ensino fundamental II, em 55 sistemas educacionais. Em cada país, cerca de 200 escolas foram selecionadas aleatoriamente.

A pesquisa parte da percepção de professores e diretores, entrevistados por meio de questionários específicos para cada grupo.

No Brasil, o estudo é conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os dados foram colhidos entre junho e julho do ano passado.

FONTE: MSN


CAPES e UFRN Lançam Curso Gratuito de IA para Educadores



Em uma iniciativa para democratizar o acesso à tecnologia e capacitar profissionais da educação, a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em parceria com a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), abriu 40 mil vagas para o curso gratuito e online "Inteligência Artificial para Educadores da Educação Básica: competências digitais e inovação pedagógica".


As inscrições estão abertas até 10 de outubro. O curso é destinado a professores e estudantes de licenciatura de todo o Brasil e tem como objetivo principal formar educadores para o uso responsável, ético e criativo da Inteligência Artificial (IA) em sala de aula.



Promovendo a Saúde Mental no Ambiente Escolar: Ferramentas e Práticas Preventivas


O Curso “Promovendo a Saúde Mental no Ambiente Escolar: ferramentas e práticas preventivas”, que tem como objetivo fomentar a promoção da saúde mental no ambiente escolar, por meio de estratégias que propiciam o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e o gerenciamento do uso de tecnologias, com crianças e adolescentes. O curso faz parte da Assessoria Técnica e Pedagógica das Redes Estaduais de Educação, uma iniciativa da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, sob liderança da Agência de Educação Digital e a Distância da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e alinhado à Estratégia Nacional de Escola Conectadas - ENEC e à Política Nacional de Educação Digital - PNED.


Reféns do Smartphone? Os Impactos da Nomofobia na Educação

Reféns do Smartphone? Os Impactos da Nomofobia na Educação



Introdução

Nos últimos anos, a sala de aula tem sido marcada por uma nova realidade: a presença constante do smartphone. O celular, que poderia ser um aliado no ensino, muitas vezes se transforma em um obstáculo. Surge então a nomofobia, termo usado para descrever o medo ou a ansiedade de ficar sem o celular ou sem acesso a ele.

Esse fenômeno, aparentemente inofensivo, está longe de ser apenas uma mania passageira. Pesquisas recentes revelam que a nomofobia está diretamente relacionada a dificuldades de atenção, queda no desempenho escolar, maior ansiedade entre estudantes e até desgaste emocional para os professores. Em outras palavras, é um desafio silencioso que já afeta a qualidade da educação.


O que é nomofobia?

O termo vem do inglês no mobile phone phobia (fobia de ficar sem celular). Trata-se de um estado de desconforto ou angústia quando o aparelho está fora de alcance, sem bateria, sem internet ou simplesmente desligado. Embora seja um problema relativamente novo, a nomofobia já é considerada por muitos pesquisadores como uma forma de dependência comportamental.

Um estudo publicado em 2022 na revista Cyberpsychology mostrou que a simples presença do celular sobre a mesa já é suficiente para reduzir a atenção e a capacidade de resolver problemas complexos. Ou seja, mesmo que o estudante não esteja usando o aparelho, sua mente está parcialmente “presa” à possibilidade de recebê-lo. Isso explica por que tantos alunos têm dificuldade em se concentrar plenamente em aulas mais longas ou exigentes.


Como a nomofobia afeta os estudantes

As consequências para os estudantes são diversas:

  1. Dificuldade de concentração – A ansiedade por estar desconectado consome energia mental, diminuindo a capacidade de foco.

  2. Queda no desempenho acadêmico – Estudos de 2024 publicados na Frontiers in Education apontam que a relação entre nomofobia e notas baixas é mediada pela ansiedade. Em outras palavras, o excesso de preocupação com o celular aumenta a ansiedade, e a ansiedade reduz o aprendizado.

  3. Problemas de sono e saúde mental – O uso exagerado do celular, especialmente à noite, piora a qualidade do sono, o que impacta diretamente memória, atenção e motivação.

  4. Dependência emocional – Muitos jovens sentem que o celular é uma extensão de si mesmos, e isso cria um círculo vicioso de checagens constantes, medo de perder mensagens ou notificações (o famoso FOMO — fear of missing out).


E os professores, como ficam?

Pode parecer que apenas os alunos sofrem com a nomofobia, mas os professores também não escapam desse desafio. Um estudo de 2022 com professores em formação apontou que muitos também apresentam sintomas de dependência do celular.

Além disso, a prática docente sofre diretamente:


Consequências para a qualidade da educação

Somando os efeitos sobre estudantes e professores, o resultado é claro: a nomofobia compromete a qualidade da educação. Isso se manifesta em:

Não se trata apenas de um “mau hábito”, mas de um problema sistêmico que precisa ser enfrentado com políticas escolares, formação docente e apoio à saúde mental dos alunos.


Caminhos possíveis

Se por um lado os smartphones podem atrapalhar, por outro eles também podem ser integrados de forma positiva ao processo de ensino. O segredo está no equilíbrio. Eis algumas propostas baseadas em pesquisas recentes:

  1. Políticas claras de uso – Escolas que estabelecem momentos específicos para uso pedagógico do celular e períodos de foco sem ele conseguem reduzir distrações.

  2. Educação digital e socioemocional – Ensinar os alunos a regular o próprio uso da tecnologia é tão importante quanto ensinar matemática ou português.

  3. Formação de professores – Capacitar o corpo docente para lidar com a presença inevitável do celular em sala e transformar esse recurso em aliado.

  4. Aulas mais dinâmicas – Quanto mais ativa for a metodologia (debates, projetos, gamificação), menor será a tentação de escapar para as redes sociais.


Conclusão

A nomofobia é um fenômeno recente, mas já deixa marcas profundas no cotidiano escolar. Afeta alunos, professores e, por consequência, a qualidade da educação. Se não for enfrentada, pode ampliar ainda mais os desafios da aprendizagem em um mundo cada vez mais conectado.

Ao mesmo tempo, esse problema pode ser visto como uma oportunidade: a de repensar o papel da tecnologia na sala de aula. Integrada de forma equilibrada, ela pode enriquecer o ensino; usada de forma compulsiva, pode esvaziá-lo. A decisão sobre qual caminho seguir está, em grande parte, nas mãos de educadores, gestores escolares e famílias.


Referências



Cansado de ver as telas dominarem a vida de quem você ama?

Seja você paieducador ou jovem, a nomofobia – o medo de ficar sem o celular – é uma realidade que afeta cada vez mais pessoas. A linha entre o conectado e o viciado está cada vez mais tênue, e os impactos na saúde mental, nos relacionamentos e no desempenho diário são alarmantes.

Mas a boa notícia é que existe um caminho para o equilíbrio!

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