8 Trabalhos do Futuro Que Você Não Pode Aprender na Escola

O mercado evolui mais rápido do que as teorias acadêmicas ou mentalidade individual. As novas gerações não reconhecem hierarquias verticais e figuras de autoridade. Todos são iguais na internet, e sem capacidade de comunicação você não será capaz de conseguir uma promoção ou poderá sofrer com a falta de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Este mesmo mercado, que há 20 anos exigia apenas títulos acadêmicos, hoje requer habilidades extras – habilidades de comunicação, inteligência emocional e social. Enquanto que no passado habilidades como gestão emocional, empatia, habilidades interpessoais, vendas, resolução de conflitos, liderança ou motivação eram considerados ativos adicionais, hoje eles se tornaram obrigatórios.

Uma pesquisa realizada pela Career Builder, nos EUA, mostra que 71% dos empregadores consideram a inteligência emocional (EQ) ser mais importante do que inteligência racional (IQ).

A saturação de graduados no mercado reduz permanentemente o valor dos títulos acadêmicos e leva a um aumento do desemprego entre os licenciados. Essas mudanças criaram uma abundância de profissões “soft-skill”, que não podem ser aprendidas nas escolas, que não são reguladas por universidades e que uma pessoa mediana não entende e, muitas vezes, rejeita. Apesar disso, essas posições são excepcionalmente lucrativas porque cada uma delas oferece um potencial de ganhos ilimitados e a liberdade de escolher o seu próprio horário de trabalho.

Veja abaixo a lista das profissões mais populares do campo chamado “soft-skill” que, apesar da falta de regulamentação oficial, já se tornaram mais independentes:

1. Líder

Com o desaparecimento de ambos, gerenciamento hierárquico e o molde de um trabalhador normal, o conceito de “membro da equipe” está se tornando mais e mais popular. Em tal estrutura, todo mundo é igual, o ambiente é plenamente democrático, todos têm o direito à sua própria opinião, e as regras são criadas internamente em vez de serem impostas por uma saliência externa. Essas equipes precisam de líderes, pessoas que tanto podem gerenciar processos como inspirar com carisma os outros a ação. O líder é consciente e habilidoso na motivação, empatia e networking.

Um estudo de 25 anos sobre liderança, realizado pela AchieveGlobal, mostra de forma inequívoca que as pessoas julgam os líderes através da lente de certas qualidades e comportamentos que eles tipicamente demonstram em uma base diária e que os dois desafios mais importantes enfrentados pelos gerentes estão na obtenção de resultados e motivar os membros da equipe.

Graças a essas qualidades, um líder aumenta a eficácia das pessoas ao seu redor e ajuda-os a alcançar resultados extraordinários, independentemente da sua posição. Tal líder deve dar prioridade à cooperação, ser criativo, ser habilidoso na área, ter uma visão, e ser guiado por fundamentos. E, considerando o fato de que 65% dos brasileiros com idade abaixo de 35 anos desejam empreender seu próprio negócio, habilidades de liderança são fundamentais para o empreendedorismo. Nas palavras de Seth Godin: Você lidera ou você será liderado.

2. Representante de Vendas

Segundo pesquisas, habilidade de vender é a quinta habilidade mais importante no mundo. No Brasil, assim como em meu país Polônia, esta ocupação tem uma má reputação, pois alguns profissionais são vistos como enganadores (vendedores forçando pessoas a comprarem coisas que geralmente elas não precisam) ou ela é considerada uma ocupação de indecisos que não conseguiram definir uma carreira – “Eu não sei o que fazer com a minha vida (ou: Eu fracassei em algo mais), então irei entrar em vendas. ”

Em países árabes ou na cultura americana, a ocupação de vendas é frequentemente associada com vergonha ou algo de qualidade passiva – o representante de vendas espera pelo cliente e não se envolve ativamente em quaisquer atividades de vendas porque ele ou ela tem medo de rejeição.

Entretanto, habilidade de vendas pode fornecer ganho potencial praticamente ilimitado, ensina responsabilidade, constrói relacionamentos e desenvolve ambição – itens que são úteis em muitos contextos, como por exemplo, demonstrar conhecimento ou atrair um parceiro romântico. Aqueles que não sabem como vender-se perderão a corrida contra as pessoas que são menos competentes, mas são mais habilidosas em se promover (vender-se) no mercado.

3. Networker

As pessoas que são especialistas na construção de relações interpessoais. Elas não têm medo de abordar estranhos, elas sabem como causar uma boa primeira impressão e entregam seu cartão de visita de tal maneira que a outra pessoa vai querer pegar o telefone depois e contatá-la. Elas conectam pessoas.

Construir uma rede de contatos valiosos é um dos métodos mais úteis para encontrar um emprego. Esta é a conclusão da pesquisa feita em 2014 por consultores da Green Line. Networking simplifica o processo de recrutamento, reduz seu custo e traz empregados valiosos eficazmente.

Infelizmente, na Polônia (ainda não sei como isso é percebido no Brasil), este é um conceito totalmente estrangeiro (46% dos entrevistados não sabia o significado da palavra) ou algo pejorativo, associado com o nepotismo. Relacionamento é a moeda das pessoas ricas, e um Networker com uma carteira rica pode trabalhar em praticamente qualquer programa de parceria.

4. Vlogger

Durante o recente Orange Video Festival, entre os milhares de fãs de YouTubers nativos, havia representantes de meios de comunicação tradicionais e muitas instituições sérias de atendimento. Identificando uma tendência emergente que torna possível a todos alcançar o sucesso, oferecendo possibilidades ilimitadas, as empresas estão investindo mais de seus recursos para construir relacionamentos com vloggers. Se uma pessoa sabe como fazer uma apresentação em uma forma atraente, então ele ou ela pode gravar um vídeo em casa e se conectar com um grupo já existente de telespectadores.

Isso é o que o brincalhão polonês, Sylwester Wardęga, fez. Seu filme, caracterizando um cão-aranha, tem mais de 100 milhões de visualizações e rendeu a ele várias centenas de milhares zloty polonês (mais de US$ 100.000) de renda. O YouTube é a televisão do futuro e é apenas uma questão de tempo até que cada grande marca vai usá-lo para se promover no mercado. Os jovens de hoje têm padrões diferentes do que seus pais trabalhadores que trabalhavam por um salário.

5. Coach

Segundo pesquisa feita pela revista Forbes, o retorno do investimento (ROI) em coaching é seis vezes (de acordo com a PricewaterhouseCoopers – 7 vezes), e mais de 70% dos gerentes americanos de nível médio (entre a administração executiva superior é quase todo mundo) sempre usam os serviços de um coach. Na Inglaterra, 80% das empresas investem em coaching. Na Polônia, apenas cerca de 15% o fazem, mas este número está crescendo continuamente e é tendência em países emergentes.

Coaching oferece a possibilidade de melhorar nossos esforços e acelerar o cumprimento de metas; algo que cada indivíduo consciente está interessado. Na Polônia e no Brasil, é uma profissão que é muitas vezes confundida com treinadores (que ensinam habilidades), consultores (que aconselham indústrias específicas), mentores (eles são experientes, especialistas muitas vezes mais velhos), ou terapeutas (que diagnosticam as causas dos problemas e trabalham para eliminá-los).

O crescente interesse em coaching está ligado tanto com a sua eficácia e sua resposta às necessidades do mercado. Coaching de vida ajuda a resolver os problemas da vida, Coaching de negócios melhora os negócios, Coaching de carreira ajuda você a escolher a carreira correta, Coaching de saúde e bem-estar ensina vitalidade, Coaching financeiro traz ganhos mensuráveis para a sua carteira, e Coaching esportivo desenvolve a mentalidade de um vencedor no campo, na quadra ou na sala de musculação.

6. Personal Brander

Do ponto de vista de mercado, cada pessoa é um produto. Esse produto pode ser aceito ou não, demandado ou indesejado, luxuoso ou ordinário. Ele tem seus fãs e resolve problemas específicos. Do ponto de vista da mente, uma marca coloca o indivíduo em uma determinada categoria, talvez a mãe amorosa, o pai rigoroso, o velho bondoso, ou o empresário inescrupuloso.

A maioria das pessoas nunca entrará em contato com quaisquer indivíduos se eles inconscientemente colocam essas pessoas em categorias sociais distintas. Um indivíduo que não gerencia estas categorias e que não usa conscientemente a marca pessoal, será condenado a julgamentos aleatórios, e muitas vezes injustos, referentes à categoria para a qual ele ou ela pertence.

Por exemplo, se alguém está indo para a política, então ele ou ela será sempre visto como alguém não confiável, independentemente do seu nível de integridade e honestidade. Nestes dias, é cada vez mais comum que o primeiro contato com uma pessoa ou empresa venha através da internet. Este é um domínio governado por primeiras impressões e reputação. Uma marca com uma imagem contraditória perde o seu público alvo. Mesmo um número elevado e bem posicionado de revisões positivas não vai dar-lhe a prova social suficiente para se recuperar. Sem um bom marketing, até mesmo o melhor produto não vai vender no mercado.

7. Start-upper

A revista Forbes concluiu que mais de dois terços do povo polonês tem uma visão positiva para o empreendedorismo (o Brasil tem a mesma tendência), e entre os jovens, este número cruza a marca de 80%. E mesmo que o Brasil não seja como a Califórnia, e que apenas metade das empresas sobrevivam no mercado após 4 anos, 44% dos brasileiros (59% com menos de trinta anos) podem imaginar começar sua própria empresa. Rafal Brzoska, o fundador da Inpost e um dos mais ricos poloneses, destaca em uma de suas entrevistas que os poloneses iniciam seus próprios negócios 8 vezes mais frequentemente do que os alemães (não tenho os números desta relação do Brasil com outro país). E mesmo que o ambiente é muitas vezes hostil, as pessoas que se envolvem em empreendedorismo são tenazes quando se trata de negócios.

Empreendedorismo é incentivado por tendências globais, por um potencial ilimitado para o desenvolvimento, pela perspectiva positiva das pessoas da geração Y (pessoas nos seus vinte e poucos anos e mais jovem) no sentido de gerir o seu próprio negócio, e as perspectivas negativas da chamada corrida de ratos de um trabalho regular.

O leque de possibilidades financeiras nunca foi tão favorável como é hoje. Os empresários podem contar com subsídios de incubadoras ou algum financiamento público, ou em outras palavras, obter financiamento de grupos interessados em determinado projeto. A mídia social gera um ambiente favorável enquanto aceleradores e incubadoras, tais como Business Link ajudam no início.

8. Consultor

Quando um atleta não pode continuar a sua carreira profissional devido ao avanço da idade, mas continua apaixonado pelo esporte, o caminho natural de desenvolvimento está em se tornar um treinador. Algo semelhante acontece em outras indústrias. Junto com a crescente popularidade da psicologia do sucesso e habilidades sociais, há também um aumento da consciência, tornando possível para qualquer especialista em um determinado campo se tornar um consultor.

O uso dos serviços de mentores está se tornando um padrão no Oeste. Eles, como profissionais mais velhos e mais experientes, aconselham os novatos em seus negócios. Educação não está reservada apenas para professores ou treinadores. Mentoring ou consultoria se tornou uma forma concreta de transmissão de conhecimentos que todos podem aproveitar. Depois de ganhar anos de experiência, todo mundo pode se tornar um consultor e ter uma profissão independente, sem limite superior para os seus honorários.

Praticamente qualquer um pode ser contratado para supervisionar mudanças específicas ou resolver um determinado problema, mas consultores profissionais são mais atraentes devido ao fato de que eles não têm de ser contratados em contrato de trabalho permanente.

FONTE: FORBES

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